Santos

Santos Agostinho Zhao Rong, presbítero, e companheiros, mártires

 

Nota Histórica

Agostinho Zhao Rong nasceu na China no ano 1746, e, sendo soldado do imperador, converteu--se à fé pela perseverança dos santos mártires. Acedeu ao sacerdócio e morreu mártir, em 1815, por confessar e pregar o Evangelho. Juntamente com ele são comemorados muitos companheiros mártires da Igreja de Deus – bispos, presbíteros, religiosos e religiosas –, bem como fiéis leigos – homens, mulheres, jovens, donzelas e crianças –, que, em diversos tempos e lugares da China, deram valoroso testemunho do Evangelho de Cristo, com palavras e obras.

Comum dos mártires: para vários mártires.

 

Missa

Oração coleta
Senhor nosso Deus,
que fortalecestes a vossa Igreja com admirável providência,
pela fé invencível dos santos mártires Agostinho e companheiros,
concedei que o vosso povo, fiel à missão que lhe foi confiada,
alcance a plena liberdade
e dê testemunho da vossa verdade no mundo.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus
e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo,
por todos os séculos dos séculos.

 

Liturgia das Horas

Segunda leitura
Da Homilia de S. João Paulo II, papa, na canonização dos Santos Mártires na China
(AAS, 92, 2000, 849-850) (Sec. XX)
O sangue dos mártires dá testemunho da fé cristã

Consagrai-os na verdade; a vossa palavra é a verdade. Esta invocação, que refere a voz de Cristo na sua oração sacerdotal ao Pai na Última Ceia, parece subir da multidão de santos e bem-aventurados que o Espírito Santo, de geração em geração, suscita na sua Igreja. Dois mil anos depois do início da re-denção, hoje fazemos nossa essa invocação, com os olhos fixos nos exemplos de santidade de Agostinho Zhao Rong e dos seus cento e dezanove companheiros mártires na China. Deus Pai consagrou-os no seu amor, escutando a oração do seu Filho, que, para adquirir para Si um povo santo, estendeu os braços e morreu na cruz, para destruir a morte e manifestar a vitória da ressurreição.
A Igreja dá graças ao seu Senhor, porque a abençoa e inunda de luz com o esplendor da santidade destes filhos e filhas da China. A pequena jovem Ana Wang, de catorze anos, resistiu às ameaças do verdugo que a exortava a apostatar da fé e, quando se preparava para ser decapitada, declarou com ânimo sereno e confiante: «A porta dos Céus está aberta para todos», e com sussurros invocou três vezes: «Jesus». Xi Guizi, um jovem de dezoito anos, disse impávido àqueles que lhe tinham cortado o braço direito e se preparavam para lhe arrancar a pele quando ainda estava vivo: «Cada pedaço da minha carne e cada gota do meu sangue vos recordará sempre que sou cristão».
Com a mesma fortaleza e alegria deram testemunho outros oitenta e cinco chineses – homens e mulheres de todas as idades e condições: sacerdotes, religiosas e leigos – que confirmaram a sua indefectível fidelidade a Cristo e à Igreja com o oferecimento da sua vida. Isto sucedeu em diversas épocas e tempos difíceis e angustiosos da história da Igreja na China.
Nesta multidão de mártires resplandecem também trinta e três missionários e missionárias que, deixando a sua pátria, se empenharam em inserir-se nos costumes e mentalidade dos chineses, adoptando com grande amor as características daquelas terras, induzidos pelo ardente desejo de anunciar a Cristo e servir esse povo. Os seus sepulcros ainda permanecem ali para mostrar que pertencem àquela pátria, que, apesar da fraqueza humana, amaram de coração sincero, consagrando a ela todas as suas energias. «Não fizemos mal a ninguém», disse o bispo Francisco Fogolla ao governador que se apressava a matá-lo com a sua própria espada; pelo contrário, «fizemos bem a muita gente».

Responsório Mt 5, 44-45. 48
R. Amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem e caluniam. * Assim sereis filhos do vosso Pai que está nos Céus.
V. Sede perfeitos, como o vosso Pai celeste é perfeito. * Assim sereis filhos do vosso Pai que está nos Céus.

Senhor nosso Deus,
que fortalecestes a vossa Igreja com admirável providência,
pela fé invencível dos santos mártires Agostinho e companheiros,
concedei que o vosso povo, fiel à missão que lhe foi confiada,
alcance a plena liberdade
e dê testemunho da vossa verdade no mundo.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus
e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo,
por todos os séculos dos séculos.