Santos

São Fabião, papa e mártir

 

Nota Histórica

Fabião, papa e mártir, por intervenção divina foi chamado do laicado ao pontificado. Foi eleito bispo da Igreja Romana no ano 236. Depois de dar glorioso exemplo de fé e virtude, recebeu a coroa do martírio no ano 250, ao começar a perseguição de Décio, como testemunha são Cipriano. Foi sepultado, neste dia, junto da Via Ápia, no cemitério de Calisto em Roma.

Comum dos mártires: para um mártir
ou Comum dos pastores da Igreja: para um papa.

 

Missa

Oração coleta
Senhor nosso Deus, que sois a glória dos vossos sacerdotes,
fazei que, por intercessão do mártir são Fabião,
cresçamos sempre na comunhão da mesma fé
e no desejo de Vos servir cada vez melhor.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus
e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo,
por todos os séculos dos séculos.

 

Liturgia das Horas

Das Cartas de São Cipriano, bispo e mártir,
e da Igreja de Roma, sobre o martírio de São Fabião, papa

(Ep. 9, 1 e 8, 2-3: CSEL 3, 488-489.487-488) (Sec. III)

Fabião dá-nos exemplo de fé e de virtude

Quando foi informado da morte do papa Fabião, São Cipriano mandou aos presbíteros e diáconos de Roma a seguinte carta:
«Quando era ainda incerta entre nós a notícia da morte daquele homem justo, meu companheiro no episcopado, recebi de vós, irmãos caríssimos, a carta que me mandastes pelo subdiácono Cremêncio, pela qual fiquei perfeitamente informado do martírio glorioso de Fabião. Muito me alegrei por ter sido coroada a integridade do seu governo com tão nobre fim.
A este respeito felicito-vos também sinceramente, por terdes honrado a sua memória com um testemunho tão esplêndido e ilustre. Destes-nos a conhecer a recordação gloriosa que conservais do vosso pastor e que é para nós um exemplo de fé e de virtude.
De facto, assim como é um precedente pernicioso para os súbditos a queda daquele que preside, assim também é útil e salutar o testemunho de um bispo que aos irmãos dá o exemplo de firmeza na fé».
Antes ainda de receber esta carta, a Igreja de Roma oferecia à de Cartago um testemunho da sua fidelidade na perseguição:
«A Igreja permanece firme na fé, embora alguns, dominados pelo medo – ou porque eram pessoas importantes, ou vencidos pelo terror dos homens – tenham caído. Mas nós não os abandonamos, apesar de se terem separado de nós; antes os encorajamos e exortamos a fazer penitência, para que obtenham o perdão d’Aquele que o pode conceder, não seja caso que, ao verem-se abandonados por nós, a sua ruína se agrave mais ainda.
Vede portanto, irmãos, como deveis proceder vós também: corrigindo com a vossa exortação aqueles que caíram, se eles forem de novo presos, confessarão a fé, para reparar o erro anterior. Igualmente vos lembramos outros deveres que haveis de ter em conta: se aqueles que sucumbiram nesta provação adoecem e, arrependidos do que fizeram, desejam reentrar na comunhão, devem ser socorridos; também as viúvas e os indigentes que não podem valer-se a si mesmos, os que estão na prisão, os que foram afastados para longe de suas casas, todos devem ter quem os ajude; do mesmo modo, devem ser socorridos os catecúmenos que adoecem, para que não se sintam desiludidos na sua esperança.
Saúdam-vos os irmãos que estão prisioneiros, bem como os presbíteros e toda a Igreja, que com grande solicitude vela por todos os que invocam o nome do Senhor. E também vos pedimos que, por vossa parte, vos recordeis de nós».