Liturgia diária

Agenda litúrgica

2024-03-25

SEGUNDA-FEIRA da Semana Santa

Roxo – Ofício próprio.
Missa própria, pf. II da Paixão.

L 1 Is 42, 1-7; Sl 26 (27), 1. 2. 3. 13-14
Ev Jo 12, 1-11

* Proibidas as Missas de defuntos, exceto a exequial.
* Dia dos Missionários Mártires.
* Este ano, a solenidade da Anunciação do Senhor será celebrada na segunda-feira da Semana II da Páscoa.

 

Missa

 

ANTÍFONA DE ENTRADA Cf. Sl 34, 1-2; 139, 8
Julgai, Senhor, os meus inimigos,
combatei os que me fazem guerra.
Tomai o escudo e a armadura e vinde em meu auxílio,
Senhor, meu poderoso Salvador.

ORAÇÃO COLETA
Deus todo-poderoso,
olhai para a fragilidade da nossa natureza mortal
e fortalecei a esperança dos vossos fiéis
pelos méritos do vosso Filho unigénito.
Ele que é Deus e convosco vive e reina,
na unidade do Espírito Santo,
por todos os séculos dos séculos.


LEITURA I Is 42, 1-7
«Não gritará, nem fará ouvir a sua voz»
(Primeiro cântico do Servo do Senhor)

Esta leitura é o “Primeiro Cântico do Servo do Senhor”, o primeiro de uma série de quatro cânticos que serão lidos durante esta semana. Celebram eles os desígnios de Deus, realizados, primeiro, no seu povo de Israel e, finalmente, e de maneira definitiva, no Messias, Jesus, o Servo de Deus, o Salvador. Este primeiro cântico celebra a vocação do Servo de Deus, que é o enlevo do Pai, sobre quem repousa o Espírito de Deus, e Aquele que o Pai envia para ser a luz e a salvação dos homens, como logo canta o salmo.

Leitura do Livro de Isaías
«Eis o meu servo, a quem Eu protejo,
o meu eleito, enlevo da minha alma.
Sobre ele fiz repousar o meu espírito,
para que leve a justiça às nações.
Não gritará, nem levantará a voz,
nem se fará ouvir nas praças;
não quebrará a cana fendida,
nem apagará a torcida que ainda fumega:
mas proclamará fielmente a justiça.
Não desfalecerá nem desistirá,
enquanto não estabelecer a justiça na terra,
a doutrina que as ilhas longínquas esperam».
Assim fala o Senhor Deus,
que criou e estendeu os céus,
consolidou a terra e o que ela produz,
dá vida ao povo que a habita
e respiração aos que sobre ela caminham:
«Fui Eu, o Senhor, que te chamei segundo a justiça;
tomei-te pela mão, formei-te
e fiz de ti a aliança do povo e a luz das nações,
para abrires os olhos aos cegos,
tirares do cárcere os prisioneiros
e da prisão os que habitam nas trevas».
Palavra do Senhor.

SALMO RESPONSORIAL Salmo 26 (27), 1.2.3.13-14 (R. 1a)
Refrão: O Senhor é a minha luz e a minha salvação.

O Senhor é minha luz e salvação:
a quem hei de temer?
O Senhor é protetor da minha vida:
de quem hei de ter medo?

Quando os malvados me assaltaram
para devorar a minha carne,
foram eles, meus inimigos e adversários,
que vacilaram e caíram.

Se um exército me vier cercar,
o meu coração não temerá.
Se contra mim travarem batalha,
mesmo assim terei confiança.

Espero vir a contemplar a bondade do Senhor
na terra dos vivos.
Confia no Senhor, sê forte.
Tem coragem e confia no Senhor.

ACLAMAÇÃO ANTES DO EVANGELHO
Refrão: Glória a Vós, Jesus Cristo, Sabedoria do Pai.
Salve, Senhor, nosso Rei;
só Vós tivestes piedade dos nossos erros. Refrão

EVANGELHO Jo 12, 1-11
«Deixa-a em paz:
ela tinha guardado o perfume para o dia da minha sepultura»

A leitura situa-nos exatamente no dia de hoje, falando à maneira judaica: seis dias antes da Páscoa. O ambiente da casa dos três irmãos, amigos de Jesus, é todo de amizade, mas também de pressentimento da morte. No entanto, tudo respira imensa paz, a paz do Mistério Pascal. O gesto de Maria manifesta o amor pelo Mestre, que dá a vida pelos homens. Ao contrário, a interpretação de Judas é cheia de ódio mal disfarçado.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Seis dias antes da Páscoa, Jesus foi a Betânia,
onde vivia Lázaro, que Ele tinha ressuscitado dos mortos.
Ofereceram-Lhe lá um jantar:
Marta andava a servir
e Lázaro era um dos que estavam à mesa com Jesus.
Então Maria tomou uma libra de perfume
de nardo puro, de alto preço,
ungiu os pés de Jesus e enxugou-Lhos com os cabelos;
e a casa encheu-se com o perfume do bálsamo.
Disse então Judas Iscariotes, um dos discípulos,
aquele que havia de entregar Jesus:
«Porque não se vendeu este perfume por trezentos denários,
para dar aos pobres?»
Disse isto, não porque se importava com os pobres,
mas porque era ladrão
e, tendo a bolsa comum, tirava o que nela se lançava.
Jesus respondeu-lhe: «Deixa-a em paz:
ela tinha guardado o perfume para o dia da minha sepultura.
Pobres, sempre os tereis convosco;
mas a Mim, nem sempre Me tereis».
Soube então grande número de judeus
que Jesus Se encontrava ali e vieram, não só por causa de Jesus,
mas também para verem Lázaro,
que Ele tinha ressuscitado dos mortos.
Entretanto, os príncipes dos sacerdotes
resolveram matar também Lázaro,
porque muitos judeus, por causa dele,
se afastavam e acreditavam em Jesus.
Palavra da salvação.

Oração Universal

Irmãos e irmãs:
Cristo é a Aliança de Deus para todos os povos,
pelo dom de Si e em total fidelidade ao Pai.
Desejosos da vida nova que Ele nos trouxe, digamos:
R. Pai santo, sede a nossa vida.

1. Pelo Papa N., e pelos Bispos, presbíteros e diáconos,
para que falem de Jesus, com o mesmo encanto
com que Deus falou do seu servo a Isaías,
oremos.

2. Pelos que vivem nas trevas do paganismo,
para que o Senhor, luz das nações e amigo dos homens,
lhes abra os olhos e os tire do cárcere onde estão presos,
oremos.

3. Pelos fiéis e catecúmenos do mundo inteiro,
para que aprendam a receber Jesus em cada pobre,
como o fazia a família de Betânia,
oremos.

4. Pelos que gastam generosamente as suas vidas pelo Senhor,
como o fez Maria, com o perfume de alto preço,
para que recebam, no Reino de Deus, a eterna recompensa,
oremos.

5. Por esta assembleia reunida a seis dias antes da Páscoa,
para que a figura de Jesus humilde, sereno e confiante
nos ensine a participar na sua Paixão,
oremos.

Senhor Deus, que nos oferecestes todas as coisas,
ensinai-nos a oferecer-Vos, como o vosso Eleito,
o perfume deste santo sacrifício.
Por Cristo, nosso Senhor.

ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Olhai benignamente, Senhor,
para os sagrados mistérios que celebramos
e fazei que seja fonte de vida eterna
o sacramento que instituístes para remissão dos nossos pecados.
Por Cristo nosso Senhor.

Prefácio: II da Paixão do Senhor A vitória da Paixão
V. O Senhor esteja convosco.
R. Ele está no meio de nós.
V. Corações ao alto.
R. O nosso coração está em Deus.
V. Dêmos graças ao Senhor nosso Deus.
R. É nosso dever, é nossa salvação.

Senhor, Pai santo, Deus eterno e omnipotente,
é verdadeiramente nosso dever, é nossa salvação
dar-Vos graças, sempre e em toda a parte,
por nosso Senhor Jesus Cristo.
Aproximam-se os dias solenes
da paixão salvadora e da ressurreição gloriosa,
em que é vencida a iniquidade da antiga serpente
e se renova o mistério da nossa redenção.
Por isso, a multidão dos anjos
adora a vossa majestade
e exulta eternamente na vossa presença.
Permiti que nos associemos às suas vozes,
dizendo (cantando) com alegria:
Santo, Santo, Santo,
Senhor Deus do universo.
O céu e a terra proclamam a vossa glória.
Hossana nas alturas.
Bendito O que vem em nome do Senhor.
Hossana nas alturas.

ANTÍFONA DA COMUNHÃO Cf. Sl 101, 3
Não escondais, Senhor, o vosso rosto no dia da minha aflição.
Inclinai para mim o vosso ouvido.
No dia em que chamar por Vós, respondei-me sem demora.

ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Visitai, Senhor, o povo santificado por estes mistérios
e defendei-o com paternal bondade,
para que conserve sempre, como remédio de salvação eterna,
os dons recebidos da vossa misericórdia.
Por Cristo nosso Senhor.

Oração sobre o povo (facultativa)
Defendei, Senhor, os humildes
e protegei os que esperam na vossa misericórdia,
de modo que se preparem para a celebração das festas pascais,
não só pela observância corporal,
mas principalmente pela pureza de alma.
Por Cristo nosso Senhor.

 

 

Santo

Anunciação do Senhor

 

 

Martirológio

Solenidade da Anunciação do Senhor, quando, na cidade de Nazaré, o Anjo do Senhor anunciou a Maria: «Conceberás e darás à luz um filho, que será chamado Filho do Altíssimo», e Maria respondeu, dizendo; «Eis a escrava do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra». E assim, chegada a plenitude dos tempos, o Filho Unigénito de Deus, que existia antes da criação do mundo, por nós homens e para a nossa salvação encarnou pelo Espírito Santo no seio da Virgem Maria e Se fez homem.

 

2.   Comemoração do santo ladrão, chamado “Dimas”, segundo a tradição, que na cruz professou a fé em Cristo e mereceu ouvir d’Ele estas palavras: «Hoje estarás comigo no paraíso».

3.   Em Nicomédia, na Bitínia, hoje Izmit, na Turquia, São Dula, mártir.

4.   Em Roma, no cemitério de Ponciano, junto à Via Portuense, São Quirino, mártir.

5.   Em Tessalónica, cidade da Macedónia, na actual Grécia, Santa Matrona, mártir, que, sendo serva de uma mulher da Judeia, secretamente seguia a fé de Cristo; descoberta pela sua senhora, foi atormentada com vários suplícios; finalmente, flagelada até à morte, confessando o nome de Cristo entregou incorrupto o seu espírito a Deus.

6.   Em Milão, na Transpadânia, hoje na Lombardia, região da Itália, São Mona, bispo.

7.   Na ilha de Indre, próximo de Nantes, na França, Santo Hermelando, que passou da corte régia ao mosteiro de Fontenelle e depois foi o primeiro abade do mosteiro do lugar.

8*.   Em Mâmmola, próximo de Gerace, na Calábria, região da Itália, São Nicodemos, eremita, que foi mestre de vida monástica, insigne pela sua austeridade e grandes virtudes.

9.   Em Sázava, na Boémia, actualmente na Chéquia, São Procópio, que, deixando a esposa e o filho, se consagrou à vida eremítica, depois dirigiu o mosteiro por ele fundado neste lugar e celebrou os louvores divinos no rito grego e em língua eslava.

10*.   Em Schaffhausen, na Suábia, actualmente na Alemanha, o Beato Everardo, conde de Nellenburg, que abraçou a vida monástica no cenóbio de Todos os Santos por sua intervenção construído.

11*.   Em Costacciaro, na Úmbria, região da Itália, o Beato Tomás, eremita, que passou sessenta e cinco anos de vida anacorética e ensinou outros a seguir o mesmo caminho espiritual.

12.   Em York, na Inglaterra, Santa Margarida Clitherow, mártir, que, com o assentimento do esposo, aderiu à fé católica, nela educou os filhos e se prontificou a esconder em sua casa os sacerdotes perseguidos; por isso foi presa várias vezes, no reinado de Isabel I, e recusando defender a sua causa no tribunal, para que não pesasse sobre a consciência dos conselheiros do juiz o remorso de uma condenação à morte, foi esmagada sob um enorme peso até à morte por Cristo.

13*.   Em Winton, também na Inglaterra, o Beato Jaime Bird, mártir, que, sob o governo da mesma rainha, com dezanove anos de idade e recentemente convertido à fé católica, por ter recusado participar numa liturgia herética mereceu entrar na celebração do culto celeste.

14.   Em Montefiascone, na Toscana, hoje no Lácio, região da Itália, Santa Lúcia Filippíni, fundadora do Instituto das Piedosas Mestras, destinado a promover a formação das jovens e mulheres, principalmente as mais pobres.

15♦.   Em Niederweinigen, próximo de Essen, na Alemanha, a Beata Maria Rosa Flesch (Margarida Flesch), virgem, fundadora do Instituto das Irmãs Franciscanas de Santa Maria dos Anjos.

16*.   Em Roma, junto de São Paulo, na Via Ostiense, o Beato Plácido Riccárdi, presbítero da Ordem de São Bento, que, atormentado por contínuas febres, enfermidades e paralisia, seguiu indefectivelmente a observância regular e a oração e ensinou aos outros a mesma atitude exemplar.

17*.   Em Chervonohrad, cidade próxima de L’viv, na Ucrânia, a Beata Josafata (Miquelina Hordáshevska), virgem, que, no Instituto das Irmãs Servas de Maria Imaculada por ela fundado, se dedicou a fazer o bem onde houvesse maior necessidade.

18.   Em Ein Keren, próximo de Jerusalém, Santa Maria Alfonsina Danil Ghattas, virgem, fundadora da Congregação das Irmãs Dominicanas do Santíssimo Rosário de Jerusalém.

19*.   Em Majdanek, cidade próxima de Lublin, na Polónia, o Beato Emiliano Kovc, presbítero e mártir, que, durante a guerra, deportado para um campo de concentração, pelo combate da fé alcançou a vida eterna.

20*.   No campo de concentração de Dachau, perto de Munique, cidade a Baviera, na Alemanha, o Beato Hilário Januszewski, presbítero da Ordem dos Irmãos Descalços de Nossa Senhora do Carmo e mártir, que, durante a guerra, deportado da Polónia para um cárcere estrangeiro pelo nome de Cristo, morreu contagiado pela tuberculose na assistência aos enfermos, deixando um insigne testemunho de fé e caridade.