Liturgia diária

Agenda litúrgica

2024-03-17

DOMINGO V DA QUARESMA

Roxo – Ofício próprio (Semana I do Saltério).
† Missa própria, Credo, pf. da Quaresma.

L 1 Jr 31, 31-34; Sl 50 (51), 3-4. 12-13. 14-15
L 2 Heb 5, 7-9
Ev Jo 12, 20-33

Em vez das leituras acima indicadas, podem tomar-se as leituras do Ano A, se for mais oportuno e devem tomar-se se houver escrutínios de catecúmenos.
* Proibidas todas as Missas de defuntos, mesmo a exequial.
* II Vésp. do domingo – Compl. dep. II Vésp. dom.

 

Ano B

Missa

 

O costume de cobrir as cruzes e as imagens das igrejas pode conservar-se, conforme o parecer da Conferência Episcopal. As cruzes permanecem cobertas até ao fim da celebração da Paixão do Senhor, na Sexta-Feira Santa; as imagens, até ao começo da Vigília Pascal.
Neste domingo celebra-se o terceiro escrutínio preparatório para o Batismo dos catecúmenos que vão ser admitidos aos sacramentos da iniciação cristã na Vigília Pascal, utilizando as orações e as intercessões próprias
.


Antífona de entrada Cf. Sl 42, 1-2
Fazei-me justiça, meu Deus,
defendei a minha causa contra a gente sem piedade,
livrai-me do homem desleal e perverso. Vós sois o meu refúgio.

Não se diz o Glória.

Oração coleta
Senhor nosso Deus, concedei-nos a graça
de viver com alegria o mesmo espírito de caridade
que levou o vosso Filho a entregar-Se à morte pela salvação dos homens.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus
e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo,
por todos os séculos dos séculos.


LEITURA I Jer 31, 31-34
«Estabelecerei uma aliança nova
e não mais recordarei os seus pecados»

Ao longo de toda a História da Salvação, Deus, para levar os homens a estabelecerem com Ele relações pessoais, foi concluindo alianças com o Povo de Israel, através de homens extraordinários, que servem de mediadores. À humanidade decaída pelo pecado, que «vivia no terror dos deuses e do destino implacável». Deus ia assim revelando o Seu amor e os Seus desígnios de salvação.
Estas alianças, porém, eram provisórias, particulares, acompanhadas de promessas de carácter material e ligadas a um povo. Preparavam e conduziam a uma aliança nova, espiritual, definitiva e universal, que pela primeira vez, o profeta Jeremias anuncia ao Povo de Deus.


Leitura do Livro de Jeremias
Dias virão, diz o Senhor, em que estabelecerei com a casa de Israel e com a casa de Judá uma aliança nova. Não será como a aliança que firmei com os seus pais, no dia em que os tomei pela mão para os tirar da terra do Egito, aliança que eles violaram, embora Eu tivesse domínio sobre eles, diz o Senhor. Esta é a aliança que estabelecerei com a casa de Israel, naqueles dias, diz o Senhor: Hei-de imprimir a minha lei no íntimo da sua alma e gravá-la-ei no seu coração. Eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo. Já não terão de se instruir uns aos outros, nem de dizer cada um a seu irmão: «Aprendei a conhecer o Senhor». Todos eles Me conhecerão, desde o maior ao mais pequeno, diz o Senhor. Porque vou perdoar os seus pecados e não mais recordarei as suas faltas.
Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 50 (51), 3-4.12-13.14-15 (R. 12a)
Refrão: Dai-me, Senhor, um coração puro. Repete-se
Compadecei-Vos de mim, ó Deus,
pela vossa bondade,
pela vossa grande misericórdia,
apagai os meus pecados.
Lavai-me de toda a iniquidade
e purificai-me de todas as faltas. Refrão

Criai em mim, ó Deus, um coração puro
e fazei nascer dentro de mim um espírito firme.
Não queirais repelir-me da vossa presença
e não retireis de mim o vosso espírito de santidade. Refrão

Dai-me de novo a alegria da vossa salvação
e sustentai-me com espírito generoso.
Ensinarei aos pecadores os vossos caminhos
e os transviados hão de voltar para Vós. Refrão


LEITURA II Hebr 5, 7-9
«Aprendeu a obediência e tornou-se causa de salvação eterna»

A Aliança anunciada por Jeremias, veio a realizar-se pelo mais perfeito dos mediadores – Jesus Cristo, Filho de Deus e irmão dos homens, segundo a natureza humana por Ele assumida.
Porque, foi sancionada com o Seu Sangue, no Sacrifício Pascal, («a nova Aliança no meu Sangue»), Jesus não é apenas o Mediador, mas a própria Aliança: Ele estabeleceu a comunhão perfeita dos homens com Deus.
Realidade definitiva, esta é a Aliança nova. Mas é também eterna. Não há necessidade de se repetir, como as antigas. Pela Eucaristia, feita em Sua Memória (I Cor. 11, 25), como Ele ordenou, a Aliança do Calvário torna-se presente em todos os lugares e tempos. Participando nela, com fé, os fiéis unem-se ao Mistério da nova e eterna Aliança, recebem a salvação preparada no Antigo Testamento e que será consumada pela vinda gloriosa de Cristo.


Leitura da Epístola aos Hebreus
Nos dias da sua vida mortal, Cristo dirigiu preces e súplicas, com grandes clamores e lágrimas, Àquele que O podia livrar da morte e foi atendido por causa da sua piedade. Apesar de ser Filho, aprendeu a obediência no sofrimento e, tendo atingido a sua plenitude, tornou-Se para todos os que Lhe obedecem causa de salvação eterna.
Palavra do Senhor.


ACLAMAÇÃO ANTES DO EVANGELHO Jo 12, 26
Refrão: Louvor a Vós, Jesus Cristo,
Rei da eterna glória. Repete-se
Se alguém Me quiser servir,
que Me siga, diz o Senhor,
e onde Eu estiver, ali estará também o meu servo. Refrão


EVANGELHO Jo 12, 20-33
«Se o grão de trigo, lançado à terra, morrer, dará muito fruto»

Só morrendo é que a semente dá origem a uma vida nova, revelando assim a sua maravilhosa fecundidade.
Também para Jesus a morte é semente de uma vida maravilhosamente nova e fecunda. Graças à Sua morte redentora, os benefícios da salvação são, com efeito, comunicados a todos os homens, judeus ou pagãos. A Sua morte é a conclusão da Sua missão é, por isso, a hora da Sua glorificação.
Aceitando voluntariamente a morte, em filial e amorosa obediência ao Pai e aos Seus planos de salvação, Jesus «deu-nos a vida imortal».


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Naquele tempo, alguns gregos que tinham vindo a Jerusalém para adorar nos dias da festa, foram ter com Filipe, de Betsaida da Galileia, e fizeram-lhe este pedido: «Senhor, nós queríamos ver Jesus». Filipe foi dizê-lo a André; e então André e Filipe foram dizê-lo a Jesus. Jesus respondeu-lhes: «Chegou a hora em que o Filho do homem vai ser glorificado. Em verdade, em verdade vos digo: Se o grão de trigo, lançado à terra, não morrer, fica só; mas se morrer, dará muito fruto. Quem ama a sua vida, perdê-la-á, e quem despreza a sua vida neste mundo conservá-la-á para a vida eterna. Se alguém Me quiser servir, que Me siga, e onde Eu estiver, ali estará também o meu servo. E se alguém Me servir, meu Pai o honrará. Agora a minha alma está perturbada. E que hei de dizer? Pai, salva-Me desta hora? Mas por causa disto é que Eu cheguei a esta hora. Pai, glorifica o teu nome». Veio então do Céu uma voz que dizia: «Já O glorifiquei e tornarei a glorificá-l’O». A multidão que estava presente e ouvira dizia ter sido um trovão. Outros afirmavam: «Foi um Anjo que Lhe falou». Disse Jesus: «Não foi por minha causa que esta voz se fez ouvir; foi por vossa causa. Chegou a hora em que este mundo vai ser julgado. Chegou a hora em que vai ser expulso o príncipe deste mundo. E quando Eu for elevado da terra, atrairei todos a Mim». Falava deste modo, para indicar de que morte ia morrer.
Palavra da salvação.


Diz-se o Credo.

Oração sobre as oblatas
Ouvi-nos, Deus todo-poderoso,
e, pela virtude deste sacrifício,
purificai os vossos servos,
a quem destes as primícias da fé cristã.
Por Cristo nosso Senhor.

Quando não se lê o Evangelho de Lázaro, diz-se o Prefácio I ou II da Quaresma.

Prefácio A ressurreição de Lázaro
V. O Senhor esteja convosco.
R. Ele está no meio de nós.
V. Corações ao alto.
R. O nosso coração está em Deus.
V. Dêmos graças ao Senhor nosso Deus.
R. É nosso dever, é nossa salvação.

Senhor, Pai santo, Deus eterno e omnipotente,
é verdadeiramente nosso dever, é nossa salvação
dar-Vos graças, sempre e em toda a parte,
por nosso Senhor Jesus Cristo.
Como verdadeiro homem, Ele chorou pelo seu amigo Lázaro;
como Deus eterno, ressuscitou-o do túmulo;
compadecido da humanidade,
fez-nos passar da morte à vida, mediante os sacramentos pascais.
Por Ele, a multidão dos anjos adora a vossa majestade
e exulta eternamente na vossa presença.
Permiti que nos associemos às suas vozes,
dizendo (cantando) com alegria:
Santo, Santo, Santo.


Antífona da comunhão
Quando se lê o Evangelho de Lázaro: Cf. Jo 11, 26
Aquele que vive e crê em Mim não morrerá para sempre, diz o Senhor.

Quando se lê o Evangelho da mulher adúltera: Jo 8, 10-11
Mulher, ninguém te condenou? Ninguém, Senhor.
Nem Eu te condeno. Vai em paz e não tornes a pecar.

Quando se lê outro Evangelho: Jo 12, 24-25
Em verdade vos digo:
se o grão de trigo, lançado à terra, não morrer, fica só;
mas se morrer, dá fruto abundante.


Oração depois da comunhão
Deus todo-poderoso, concedei-nos a graça
de sermos sempre contados entre os membros de Cristo,
nós que comungámos o seu Corpo e Sangue.
Ele que vive e reina pelos séculos dos séculos.

Oração sobre o povo
Abençoai, Senhor, este povo
que espera confiadamente na vossa misericórdia
e fazei que receba abundantemente o que por vossa inspiração deseja.
Por Cristo nosso Senhor.

 

 

Santo

São Patrício, bispo

 

 

Martirológio

São Patrício, bispo, que, ainda jovem, foi levado prisioneiro da Bretanha para a Irlanda. Tendo recuperado a liberdade, quis abraçar o estado clerical e regressou à mesma ilha, onde, eleito bispo, anunciou com grande zelo o Evangelho ao povo e organizou com firmeza a sua Igreja, até que, em Down, cidade da Irlanda, adormeceu no Senhor.

 

2.   A comemoração de numerosos santos mártires em Alexandria, no Egipto, que, no tempo do imperador Teodósio, quando crescia o número de cristãos, foram presos pelos adoradores de Serápis e, como recusassem firmemente adorar o ídolo, foram cruelmente assassinados.

3.   Em Chalons-sur-Saône, na Borgonha da Gália, na actual França, Santo Agrícola, bispo, que governou esta Igreja durante quase dez lustros e a consolidou com vários concílios.

4.   Em Nivelles, no Brabante, actualmente na Bélgica, Santa Gertrudes, abadessa, que, nascida de uma família muito ilustre, recebeu do bispo Santo Amando o sagrado véu das virgens e dirigiu com sabedoria o mosteiro construído por sua mãe, mantendo-se sempre assídua à leitura da Sagrada Escritura e perseverante na austeridade das vigílias e do jejum.

5.   Na ilha de Chipre, São Paulo, monge e mártir, que, por defender o culto das sagradas imagens, foi lançado às chamas.

6*.   Em Modugno, perto de Bári, na Apúlia, região da Itália, o Beato Conrado, que levou vida eremítica na Palestina, habitando até à morte numa miserável gruta.

7.   Em Olomouc, localidade da Morávia, na actual Chéquia, São João Sarkander, presbítero e mártir, que, sendo pároco de Holesov e recusando revelar segredos da confissão, foi condenado ao suplício da roda e encerrado ainda com vida no cárcere, onde morreu um mês depois.

8.   Na região dos Hurões, no Canadá, a paixão de São Gabriel Lalemant, presbítero da Companhia de Jesus, que, depois de ter difundido com grande zelo a glória de Deus no idioma do povo, foi violentamente torturado por adoradores dos ídolos com crudelíssimos suplícios. A sua memória celebra-se no dia onze de Outubro, juntamente com a dos seus companheiros.

10♦.   Em Catumbi, no Brasil, a Beata Maria Bárbara da Santíssima Trindade (Bárbara Maix), virgem, fundadora da Congregação das Irmãs do Imaculado Coração de Maria.

11*.   Em Málaga, na Espanha, o Beato João Nepomuceno Zegri y Moreno, presbítero, que consagrou o seu ministério ao serviço da Igreja e das almas e, para melhor procurar a glória de Deus Pai em Cristo, fundou a Congregação das Irmãs da Caridade de Nossa Senhora das Mercês.