Dicionário elementar de liturgia

José Aldazábal

 

Solenidade

 

As celebrações ao longo do ano, tanto as do Senhor como as da Virgem Maria ou dos Santos, «segundo a importância que lhes é atribuída, distinguem-se e são denominadas desta forma: solenidade, festa, memória» (NG 10).
«As solenidades são os dias principais. A sua celebração inicia-se com as Vésperas I, no dia anterior» (NG 11). Distinguem-se também porque têm três leituras próprias na missa e também na oração das Horas. Algumas solenidades têm um formulário distinto para a missa da vigília. As solenidades da Páscoa e Natal prolongam-se durante uma oitava.
O conceito de verdadeira solenidade na Liturgia «não depende tanto de uma forma rebuscada do canto ou de um desenrolar magnificente das cerimónias, quanto daquela celebração digna e religiosa que tem em conta a integridade da própria acção litúrgica; quer dizer, a execução de todas as suas partes segundo a sua natureza própria» (MS 11), ou como diz a introdução à Li¬turgia das Horas, que cada elemento da celebração litúrgica «deve ser restituído ao seu sentido originário e à sua verdadeira função» (IGLH 273).
Esta mesma introdução descreve, além disso, um interessante conceito, o da «solenidade progressiva»: segundo a importância do dia e as possibilidades da comunidade, as suas celebrações podem ter vários graus de solenização, por exemplo, no emprego dos elementos cantados (cf. IGLH 273).

--> Festa. Memória.