José Aldazábal

Saltério

É originalmente um instrumento musical de cordas. Mas também é o nome do conjunto dos 150 Salmos da Bíblia, o livro inspirado do AT. A numeração dos salmos é diversa, no uso judaico ou no cristão, no técnico dos escrituristas ou no litúrgico, segundo se juntem ou se dividam diversos poemas ou salmos entre si.
No uso cristão dos primeiros séculos, sobretudo a partir da Regra de S. Ben¬to, distribuiu-se o saltério ao longo da recitação de uma semana.
O Concílio Vaticano II determinou que «distribuam-se os salmos não só por uma única semana, mas um mais longo espaço de tempo», e além disso, que se levasse a termo «o trabalho de revisão do Saltério, felizmente iniciado» (SC 91). De facto, dividiu-se o Saltério em quatro semanas, diminuindo o número de salmos de cada hora, com o propósito de favorecer a sua recitação mais consciente e serena.
Paulo VI, na sua Constituição Apostólica Laudis Canticum, com a qual promulga a Liturgia das Horas reformada, fala da nova versão do Saltério preparada em tempos de Pio XII, e também da versão latina da «nova *Vulgata» levada a cabo por incumbência do próprio Paulo VI (cf. EDREL 3478. 3497). Naturalmente, as diversas línguas prepararam uma tradução oficial do Saltério para as suas comunidades.

--> Salmo. Salmodia.