Dicionário elementar de liturgia

José Aldazábal

 

animação, animador

 

Entre os mi¬nistérios, cuja função é de ajudar a comunidade cristã a celebrar melhor, está o de «animador da celebração», termo que se aplica tanto a um «gru¬po ou equipa de animação», como a uma pessoa que faz de «animadora» ou guia da celebração. É um termo omisso nos livros litúrgicos, mas que aparece nos escritos e na práxis da pastoral litúrgica dos últimos anos.
A comunidade cristã é quem celebra: acolhe a Palavra, ora, canta, louva, oferece, participa na comunhão. Mas, para que isto seja possível e a comunidade celebrante chegue a uma sintonia profunda com a Palavra, com a oração ou com o sacramento, o novo estilo da liturgia torna muito desejável que haja diversos ministérios de animação, porque Animar não significa criar coisas novas, mas «dar vida» ao que já constitui a celebração cristã, favorecer o ritmo mais adequado, conseguir que a acção comum seja expressiva e autêntica, com uma participação mais consciente e viva por parte de todos.
Para além, naturalmente, do Espírito Santo, que também nisto é a alma e o animador da Igreja – tanto na celebração da Palavra como da oração e dos sacramentos – o presidente é o responsável último da animação da comunidade, em coordenação com os outros ministros: monitor, director dos cânticos, leitores, salmista, coro, etc.
Mas, em concreto, chama-se «animador, animadora» à pessoa que assume o ministério de «comentador, monitor, guia» da celebração. Algo mais, certamente, que o «mestre-de-
-cerimónias», em coordenação com o presidente e os outros ministros. Deste guia animador depende em boa parte o ritmo e o clima de uma celebração, com as suas monições e avisos, breves e discretos, mas, ao mesmo tempo, eficazes para coordenar bem os diversos mo¬men¬tos e actuações dos outros ministros e a participação da comunidade.

-->Comentador. Monição, monitor.