Dicionário elementar de liturgia

José Aldazábal

 

hóstia

 

No latim, hostia (de hostire, partir, romper) significa «vítima», «oferenda». Por isso, o seu uso primordial foi aplicado a Cristo, que se entregou em sacrifício pela salvação do mundo: «Também Cristo nos amou e se entregou a Deus por nós, como oferta e sacrifício (em grego, prosforan kai thysian; em latim, oblationem et hostiam) de agradável odor» (Ef 5,2).
Desde o século VIII, no período carolíngio, começou-se a dar-se este nome ao Pão consagrado, a vítima euca¬rística e, mais tarde também, ao pão-
-obreia-forma não consagrado. Depois do século XII, a «elevação da Hóstia» e a «visão da Hóstia» convertia-se num dos elementos mais característicos da nova espiritualidade eucarística, praticamente em substituição da Comunhão, que pouco se praticava.
ícone. Deriva do grego, eikon (imagem). S. Paulo (Cl 1,15) chama «imagem de Deus invisível» a Cristo, sinal visível e eficaz, sacramento do Pai.
No Oriente, sobretudo na Rússia, é onde mais relevo se dá ao culto dos ícones de Cristo, da Virgem, dos Santos e dos mistérios da nossa fé, não só como sinais pedagógicos, mas como autênticas mediações sacramentais da graça divina. Por isso, os ícones são contemplados e venerados em clima de oração, e conduzem-nos à sintonia com o mistério.
Palavras derivadas são iconostásio (biombo ou grade que separa ou relaciona o altar com a nave da assembleia, e que está cheio de imagens); e iconoclastas (hereges que negavam a legitimidade da veneração das imagens e que foram condenados no VII Concílio ecuménico de Niceia, de 787).

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