Dicionário elementar de liturgia

José Aldazábal

 

Evangeliário

 

Chama-se Evangeliário ao livro que contém os quatro ¬Evan¬gelhos, distribuídos para a sua leitura na liturgia.
«Como a proclamação do Evangelho é sempre o ponto culminante da Liturgia da Palavra, a tradição litúrgica, tanto no Ocidente como no Oriente, desde sempre estabeleceu uma certa diferença entre os livros das leituras. Com efeito, o livro dos Evangelhos, elaborado com maior cuidado, era adornado e gozava de veneração superior à dos outros livros das leituras. É, pois, muito conveniente que, também no nosso tempo, pelo menos nas catedrais e nas paróquias e igrejas maiores e mais frequentadas, haja um Evangeliário, ornado com beleza, distinto de qualquer outro livro das leituras» (OLM 36).
Na procissão de entrada, na Missa, o Evangeliário pode ser transportado, solenemente, por um diácono ou outro ministro, que o deixa sobre o altar, fechado. O presidente da celebração, ao chegar ao altar, beija o altar e o Evangeliário, antes de se dirigir para o seu lugar presidencial; quando chegar a hora de proclamar o Evangelho, leva--se para o ambão e ali se abre.
São vários os momentos em que se torna particularmente expressiva a entrega do Evangeliário:
• numa das etapas do processo catecumenal, juntamente com a entrega do Símbolo e do Pai-Nosso,
• na ordenação dos diáconos e bispos: «com razão este livro é entregue ao diácono na sua ordenação e é imposto e sustentado sobre a cabeça do eleito na ordenação episcopal» (OLM 36);
• também se entrega ao novo pároco como um dos sinais do seu novo ministério;
• e pode-se colocar, além disso, so¬bre o féretro, nas exéquias;
• um momento muito solene é quando, nos Sínodos ou Concílios, se «entroniza» o Evangeliário, no começo de cada congregação geral, como se fazia no Vaticano II.

--> Leccionário.