Dicionário elementar de liturgia

José Aldazábal

 

defuntos

 

Em 2 de Novembro, celebramos a comemoração de todos os Fiéis Defuntos. Esta celebração é uma Profissão de Fé na ressurreição de Jesus e de todos os que crêem nele. A partir desta esperança, os cristãos, tanto na Eucaristia como na Liturgia das Horas, pedem pelos defuntos. Fazem-no diariamente, por exemplo, nas preces de Vésperas. E, sobretudo, nas Orações Eucarísticas: «concedei-lhes, Senhor, o lugar da consolação, da luz e da paz», «admiti-os na luz da vossa presença», «acolhei-os com bondade no vosso reino, onde também nós esperamos ser recebidos, para vivermos com eles eternamente na vossa glória», «lembrai-vos também dos nossos irmãos que adormeceram na paz de Cristo e de todos os defuntos cuja fé só Vós conhecestes».
A Igreja sempre a viu a realidade da morte à luz da fé cristã e encomendou os seus defuntos à misericórdia de Deus, com a esperança da ressurreição.
A comemoração de 2 de Novembro teve a sua origem cerca do ano 1000, por decisão do abade de Cluny, Santo Odilon, que estabeleceu que, precisamente, no dia seguinte à festividade de Todos os Santos, se celebrasse esta recordação por todos os Fiéis Defuntos. A ideia espalhou-se rapidamente por toda a Europa, embora, em Roma, só tivesse sido aceite no século XIV.

--> Exéquias.