Dicionário elementar de liturgia
José Aldazábal
vasos sagrados
Chamam-se «vasos sagrados» aos diversos recipientes utilizados na celebração litúrgica: cálice, patena, cibório, píxide, ostensório, custódia, galhetas, âmbulas… Alguns deles são particularmente importantes como o cálice e a patena «que servem para oferecer, consagrar e comungar o Pão e o vinho» (IGMR 327).
O Missal (cf. IGMR 327-334) dá as normas oportunas para a qualidade destes vasos sagrados. «Devem de ser fabricados de metal nobre […]. Também podem ser fabricados com outros materiais sólidos e que sejam, segundo o modo de sentir de cada região, mais nobres […]. Dê-se preferência aos materiais que não se quebram nem deteriorem facilmente.» «Quanto aos cálices e outros vasos, destinados a receber o Sangue do Senhor, a copa deve ser de material que não absorva os líquidos.» Os vasos sagrados de metal, caso este seja oxidável, devem ser dourados por dentro.
Relativamente à reforma, continua válido o critério conciliar: «A Igreja procurou com especial solicitude que as *alfaias sagradas servissem com dignidade e beleza para o esplendor do culto [em latim, culti decori (ao decoro do culto)], aceitando, quer na matéria, quer na forma, quer na ornamentação, as modificações que o progresso da técnica introduziu com o decorrer do tempo» (SC 122). O juízo sobre a idoneidade dos diversos materiais e formas para o uso litúrgico é da competência da Conferência Episcopal, próxima da sensibilidade cultural das várias comunidades» (cf. IGMR 326 e 329).
O Cerimonial das Bênçãos oferece fórmulas para a «Bênção dos objectos e vestes que se usam nas celebrações litúrgicas» (1068-1073; in EDREL 1938-1943), sobretudo para o cálice e a patena, de uso exclusivo para a Eucaristia.