Dicionário elementar de liturgia

José Aldazábal

 

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A celebração litúrgica tem sempre uns ritos de introdução, assim como de despedida ou conclusão. Nos primeiros séculos, a Eucaristia começava com grande simplicidade: reunida a comunidade, entrava o presidente, saudava todos e, de imediato, passava às leituras. Mais tarde, neste momento, foram-se introduzindo vários elementos pedagógicos. A solene entrada da missa papal, nos séculos VI-VII, é um dos melhores testemunhos desta evolução.
Nas liturgias orientais, ao princípio tem-se a «pequena entrada», com o sacerdote e os outros ministros e, sobretudo, com o Evangeliário. E, ao ofertório, a «grande entrada», com a procissão dos ministros que trazem os dons para a celebração, com incenso e com o canto do Cherubikon.
Na liturgia romana, o rito de entrada, na última reforma (cf. IGMR 46--54), ficou assim configurado:
• a procissão de entrada do sacerdote e dos ministros, às vezes com incenso, cruz processional e evangeliário;
• o cântico de entrada ou intróito, durante esta procissão;
• o beijo ao altar, com eventual incensação, o sinal da cruz e a saudação à comunidade;
• a monição inicial, se se faz;
• o acto penitencial e a invocação «Senhor, tende piedade de nós» (Kýrie eléison);
• o cântico do Glória (*Gloria in excelsis), nos dias mais solenes;
• e a oração Colecta do dia.
Tudo isso, segundo o Missal, tem uma dupla finalidade: «estabelecer a comunhão entre os fiéis reunidos e dispô-los para ouvirem devidamente a Palavra de Deus e celebrarem dignamente a Eucaristia» (IGMR 46).
Há celebrações com um rito de entrada especialmente significativo: no Domingo de Ramos; nas celebrações em que preside o bispo, por exemplo, a missa estacional, a dedicação de uma igreja, as confirmações e ordenações; a procissão de entrada dos noivos para o Matrimónio; a entrada do féretro na celebração das exéquias…

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