Santos

São Fiel de Sigmaringa, presbítero e mártir

 

Nota Histórica

Fiel nasceu em Sigmaringa, na Alemanha, no ano 1578. Admitido entre os Frades Menores Capuchinhos, aí se entregou a uma vida austera de vigílias e orações. Conhecida a sua atividade assídua na pregação da palavra de Deus, foi enviado à região da Récia, no território da atual Suíça, com a missão de a consolidar na verdadeira doutrina da fé. Em Seewis, na Suíça, foi massacrado pelos hereges, morrendo pela fé católica no ano 1622.

 

Missa

Comum dos mártires: para um mártir no Tempo Pascal;
ou Comum dos pastores da Igreja: para um pastor.

Oração coleta
Senhor nosso Deus, que destes a são Fiel a vitória do martírio,
quando ele, inflamado no vosso amor,
trabalhava pela propagação da fé,
concedei-nos, por sua intercessão,
que, enraizados na caridade, experimentemos com ele
o poder da ressurreição de nosso Senhor Jesus Cristo.
Ele que é Deus e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo,
por todos os séculos dos séculos.

 

Liturgia das Horas

Elogio de São Fiel, presbítero e mártir

Fiel no nome na vidal no nome na vida

O papa Bento XIV celebrou a figura de São Fiel, defensor da fé católica, com estas palavras:

«Fazendo transbordar a plenitude da sua caridade para confortar e auxiliar materialmente o próximo, e apertando ao seu coração de pai todos os infelizes, sustentava numerosos grupos de pobres com esmolas que recolhia por toda a parte.
Remediava o abandono das crianças e das viúvas, recorrendo ao auxílio dos poderosos e influentes; ajudava sem descanso os presos com todas as consolações espirituais e materiais que podia, visitava assiduamente toda a espécie de enfermos, confortava-os, reconciliava-os com Deus e armava-os para a última batalha.
Esta actividade foi sobretudo meritória quando as guarnições do exército austríaco, aquarteladas na Récia, foram dizimadas por uma epidemia, que as transformou em lastimosa presa de sofrimentos e mortandade».
Não só na caridade, mas também no zelo pela defesa da fé se notabilizou este homem, Fiel no nome e na vida. Pregou sem descanso a fé e, poucos dias antes de a confirmar com o seu sangue, no último sermão que fez deixou-a como testamento ao pronunciar estas palavras:
«Oh fé católica, como és estável, firme, bem enraizada e bem fundada sobre rocha firme! Passarão o céu e a terra, mas tu não passarás jamais. O mundo inteiro desde o princípio te fez guerra, mas de todos triunfaste com o teu poder.
Esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé. Ela sujeitou ao império de Cristo os reis mais poderosos, ela trouxe os povos à obediência de Cristo.
Que foi, senão a fé, e sobretudo a fé na ressurreição, que levou os santos Apóstolos e os mártires a suportar tão duros combates e tão dolorosos tormentos?
Que foi, senão a fé viva, que decidiu os anacoretas a desprezar as delícias, as honras e as riquezas, e a viver castamente no deserto?
Que é que leva hoje os verdadeiros cristãos a renunciar às comodidades, abandonar os prazeres, suportar asperezas e sofrer duros trabalhos?
Não é senão a fé viva, que opera pela caridade. É ela que nos leva a renunciar aos bens presentes com a esperança dos futuros, a trocar os bens presentes pelos futuros».