Liturgia diária

Agenda litúrgica

2022-09-02

Sexta-feira da semana XXII

Verde – Ofício da féria.
Missa à escolha (cf. p. 19, n. 18).

L1: 1 Cor 4, 1-5; Sal 36 (37), 3-4. 5-6. 27-28. 39-40ac
Ev: Lc 5, 33-39

* Na Arquidiocese de Évora – Aniversário da entrada solene e tomada de posse de D. Francisco José Villas-Boas Senra de Faria Coelho.
* Na Ordem dos Franciscanos Capuchinhos – B. Apolinário de Posat, presbítero e mártir, da I Ordem – MF
* Na Congregação dos Irmãos das Escolas Cristãs (Lassalistas/La Salle) – S. Salomão Leclercq e BB. Rogério e 2 Companheiros, religiosos mártires – MF
* Na Congregação da Missão e na Companhia das Filhas da Caridade – Bb. Luís José Francisco, João Henrique Gruyer e Pedro Renato Rogue, presbíteros e mártires – MO
* Na Congregação de Nossa Senhora da Caridade do Bom Pastor – Bb. Francisco Luís Hebert e Companheiros, mártires – MO
* Na Congregação da Paixão de Jesus Cristo – Ofício e Missa votivos da Paixão.

 

Missa

 

Antífona de entrada Cf. Sl 85, 3.5
Tende compaixão de mim, Senhor, que a Vós clamo o dia inteiro.
Vós, Senhor, sois bom e indulgente,
cheio de misericórdia para aqueles que Vos invocam.

Oração coleta
Deus todo-poderoso,
de quem procede todo o dom perfeito,
infundi em nossos corações o amor do vosso nome
e, estreitando a nossa união convosco,
dai vida ao que em nós é bom
e protegei com solicitude esta vida nova.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus
e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo,
por todos os séculos dos séculos.


LEITURA I (anos pares) 1 Cor 4, 1-5
«O Senhor manifestará o desígnio dos corações»

Diante dos juízos que os Coríntios fazem dos pregadores do Evangelho, juízos que nem a Paulo poupavam, este apela para o juízo de Deus, que o Dia do Senhor, o Dia do juízo, há-de trazer. Só então é que tudo, até as intenções mais profundas dos corações dos homens, poderá ser julgado com a justiça mais exacta e mais livre.

Leitura da Primeira Epístola do apóstolo São Paulo aos Coríntios
Irmãos: Todos nos devem considerar como servos de Cristo e administradores dos mistérios de Deus. Ora o que se requer nos administradores é que sejam fiéis. Quanto a mim, pouco me importa ser julgado por vós ou por um tribunal humano; nem sequer me julgo a mim próprio. De nada me acusa a consciência, mas não é por isso que estou justificado: quem me julga é o Senhor. Portanto, não façais qualquer juízo antes do tempo, até que venha o Senhor, que há-de iluminar o que está oculto nas trevas e manifestar os desígnios dos corações. E então cada um receberá da parte de Deus o louvor que merece.
Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 36 (37), 3-4.5-6.27-28.39-40ac (R. 39a)
Refrão: A salvação dos justos vem do Senhor. Repete-se

Confia no Senhor e pratica o bem,
possuirás a terra e viverás tranquilo.
Põe no Senhor as tuas delícias
e Ele satisfará os anseios do teu coração. Refrão

Confia ao Senhor o teu destino
e tem confiança, que Ele actuará.
Fará brilhar a tua luz como a justiça
e como o sol do meio-dia os teus direitos. Refrão

Afasta-te do mal e pratica o bem
e permanecerás para sempre;
porque o Senhor ama a justiça
e não desampara os que Lhe são fiéis. Refrão

A salvação dos justos vem do Senhor,
Ele é o seu refúgio no tempo da tribulação.
O Senhor os ajuda e defende,
porque n’Ele procuraram refúgio. Refrão


ALELUIA Jo 8, 12
Refrão: Aleluia Repete-se
Eu sou a luz do mundo, diz o Senhor;
quem Me segue terá a luz da vida. Refrão


EVANGELHO Lc 5, 33-39
«Dias virão em que o noivo lhes será tirado...
Nesses dias jejuarão»

Jesus tenta fazer compreender aos fariseus e escribas, pessoas que passavam por ser das mais religiosas do Antigo Testamento, o espírito novo que Ele lhes vinha comunicar. Jesus é o noivo presente no meio dos seus, estes não podem tomar atitudes menos festivas; um dia, quando Ele lhes for tirado, na hora da paixão, então eles jejuarão, como a Igreja depois começou a fazer, e ainda faz, no “jejum pascal”, na Sexta-feita Santa e no Sábado Santo (cf. Concílio, SC 110).

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo, os fariseus e os escribas disseram a Jesus: «Os discípulos de João Baptista e os fariseus jejuam muitas vezes e recitam orações. Mas os teus discípulos comem e bebem». Jesus respondeu-lhes: «Quereis vós obrigar a jejuar os companheiros do noivo, enquanto o noivo está com eles? Dias virão em que o noivo lhes será tirado; nesses dias jejuarão». Disse-lhes também esta parábola: «Ninguém corta um remendo de um vestido novo, para o deitar num vestido velho, porque não só rasga o vestido novo, como também o remendo não se ajustará ao velho. E ninguém deita vinho novo em odres velhos, porque o vinho novo acaba por romper os odres, derramar-se-á e os odres ficarão perdidos. Mas deve deitar-se vinho novo em odres novos. Quem beber do vinho velho não quer do novo, pois diz: ‘O velho é que é bom’».
Palavra da salvação.


Oração sobre as oblatas
Santificai, Senhor, a oferta que Vos apresentamos
e realizai em nós, com o poder da vossa graça,
a redenção que celebramos nestes mistérios.
Por Cristo nosso Senhor.

Antífona da comunhão Sl 30, 20
Como é grande, Senhor, a vossa bondade para aqueles que Vos servem!

Ou: Mt 5, 9-10
Felizes os pacíficos,
porque serão chamados filhos de Deus.
Felizes os perseguidos por amor da justiça,
porque deles é o reino dos céus.

Oração depois da comunhão
Senhor, que nos alimentastes com o pão da mesa celeste,
fazei que esta fonte de caridade
fortaleça os nossos corações
e nos leve a servir-Vos nos nossos irmãos.
Por Cristo nosso Senhor.

 

Martirológio

1.   Em Nicomédia, na Bitínia, hoje Izmit, na Turquia, São Zenão, mártir.

2.   Em Niceia, também na Bitínia, hoje Izmit, na Turquia, Santa Teódota, com seus filhos Evódio, Hermógenes e Calisto, mártires.

3.   Em Edessa, no Osroene, hoje Sanliurfa, na Turquia, Santo Habib, diácono e mártir, que, no tempo do imperador Licínio, concluiu o seu glorioso combate ao ser lançado ao fogo por ordem do governador Lisânias.

4.   Em Apameia, na Síria, Santo Antonino, mártir, que era canteiro, segundo a tradição e foi morto pelos pagãos aos vinte anos de idade por ter destruído os seus ídolos, movido pelo ardor da fé.

5*.   Em Tarragona, na Hispânia, São Próspero, bispo.

6.   Em Lião, na Gália, actualmente na França, o sepultamento de São Justo, bispo, que, depois do Concílio de Aquileia, renunciou ao episcopado e se refugiou com o leitor São Viador num ermo do Egipto, onde viveu alguns anos humildemente com os monges; o seu santo corpo foi trasladado por São Viador para Lião.

7.   No monte Soratte, junto à Via Flamínia, no Lácio, região da Itália, São Nonoso, abade.

8.   Em Autun, na Borgonha, na hodierna França, São Siágrio, bispo, que nos concílios em que tomou parte foi muito notável pela sua sabedoria e zelo.

9*.   Em Avinhão, na Provença, também na actual França, Santo Agrícola, bispo, que, depois da sua vida monástica na ilha de Lérins, auxiliou seu pai, São Magno, e lhe sucedeu no episcopado.

10.   No Piceno, hoje nas Marcas, região da Itália, Santo Elpídio, cujo nome foi adoptado pela cidade onde o seu corpo foi sepultado.

11*.   Em Pôntida, no território de Bérgamo, na Lombardia, região da Itália, os santos Alberto e Vito, monges: o primeiro, preferindo a milícia de Cristo às armas e honras do mundo, construiu na sua cidade um mosteiro com a observância cluniacense; o segundo foi o superior do mosteiro.

13*.   Em Skänninge, na Suécia, a Beata Ingrid Elofsdotter, que, ficando viúva, ofereceu todos os seus bens para o serviço de Deus e, depois de uma peregrinação à Terra Santa, tomou o hábito monástico da Ordem dos Pregadores.

14*.   Em Paris, na França, a paixão dos beatos mártires João Maria du Lau d’Allemans, Francisco José e Pedro Luís de la Rochefoucauld, bispos, e noventa e três companheiros[1], clérigos e religiosos, que, por se terem recusado a prestar o juramento iniquamente imposto ao clero no tempo da Revolução Francesa, foram recluídos no convento dos Carmelitas e assassinados em ódio à religião de Cristo.

 


[1]  São estes os seus nomes: Vicente Abraham, André Angar, João Baptista Cláudio Aubert, Francisco Balmain, João Pedro Bangue, Luís Francisco André Barret, José Bécavin, Tiago Júlio Bonnaud, João António Jacinto Boucharene de Chaumeils, João Francisco Bosquet, Cláudio Cays ou Dumas, João Charton de Millon, Cláudio Chaudet, Nicolau Clairet, Cláudio Colin, Francisco Dardan, Guilherme António Delfaut, Maturino Vítor Deruelle, Gabriel Desprez de Roche, Tomás Nicolau Dubray, Tomás Renato Dubuisson, Francisco Dumasrambaud de Calandelle, Henrique Hipólito Ermès, Armando de Foucauld de Pontbriand, Tiago Friteyre-Durvé, Cláudio Francisco Gagnières des Granges, Luís Lourenço Gaultier, João Goizet, André Grasset de Saint-Sauveur, João António de Guilleminet, João Baptista Janin, João Lacan, Pedro Landry, Cláudio António Rodolfo de Laporte, Roberto le Bis, Maturino Nicolau Le Bous de Villeneuve de la Villecrohain, Olivério Lefèvre, Carlos Francisco Legué, Tiago José Lejardinier Deslandes, Tiago João Lemeunier, Vicente José le Rousseau de Rosencoat, Francisco César Londiveau, Luís Longuet, Tiago Francisco de Lubersac, Gaspar Cláudio Maignien, João Filipe Marchand, Luís Mauduit, Francisco Luís Méallet de Fargues, Tiago Alexandre Menuret, João Baptista Nativelle, Renato Nativelle, Matias Agostinho Nogier, José Tomás Pazery de Thorame, Júlio Honorato Cipriano Pazery de Thorame, Pedro Francisco Pazery de Thorame, Pedro Ploquin, Renato Nicolau Poret, Julião Poulain-Delaunay, João Roberto Quéneau, Francisco Urbano Salins de Niart, João Henrique Luís Samson, João António de Savine, João António Barnabé Séguin, João Baptista Maria Tessier, Lopo Tomás ou Bonnotte, Francisco Vareilhe-Duteil, Pedro Luís José Verrier; e Luís Barreau de la Touche, da Congregação de Santo Amaro da Ordem de São Bento; João Francisco Burté, da Ordem dos Frades Menores; Apolinário (João Tiago) Morel, da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos; Ambrósio Agostinho Chevreux e Renato Julião Massey, da Ordem de São Bento; Bernardo Francisco de Cucsac, Tiago Gabriel Galais, Pedro Gauguin, Pedro Miguel Guérin, Tiago Estêvão Filipe Hourrier, Henrique Augusto Luzeau de la Mulonnière, João Baptista Miguel Pontus, Pedro Nicolau Psalmon e Cláudio Rousseau, da Sociedade de São Sulpício; Carlos Jeremias Bérald du Pérou, Francisco Luís Hébert e Francisco Lefranc, da Sociedade de Jesus e Maria; Urbano Lefévre, da Sociedade das Missões Estrangeiras de Paris; Severino (Jorge) Girauld, da Ordem Terceira Regular de São Francisco; todos presbíteros; Luís Aleixo Matias Bouver, Estêvão Francisco Deusdédit de Ravinel e Tiago Agostinho Robert de Lézardières, diáconos; São Salomão (Guilherme Nicolau Luís) Leclercq, religioso da Congregação dos Irmãos das Escolas Cristãs; Augusto Nézel, clérigo, e Carlos Regis Mateus de la Calmette.

 

15*.   Também em Paris, no mesmo dia e ano, o Beato Pedro Tiago Maria Vitális, presbítero, e vinte companheiros[2], mártires, que, na mesma revolução, foram mortos em ódio à Igreja na abadia de Saint-Germain-des-Prés.

 


[2]  São estes os seus nomes: Daniel Luís André des Pommerayes, Luís Remígio Benoist, Luís Renato Nicolau Benoist, António Carlos Octaviano de Bouzet, João André Capeau, Armando Chapt de Rastignac, Cláudio Fontaine, Pedro Luís Gervais, Santo Huré, João Luís Guyard de Saint-Claire, Alexandre Carlos Lenfant, Lourenço, Luís le Danois, Tomás João Monsaint, Francisco José Pey, João José Rateau, Marcos Luís Royer, João Pedro Simon, Carlos Luís Hurtrel, este último da Ordem dos Mínimos, todos presbíteros, e Luís Benjamim Hurtrel, diácono.

 

16♦.   Em Orriols, na Catalunha, região da Espanha, o Beato Esíquio José (Baldomero Margenat Puigmitjá), religioso da Congregação dos Irmãos das Escolas Cristãs e mártir, que, na violenta perseguição contra a Igreja, foi assassinado em ódio à vida religiosa.

17♦.   Em Oviedo, nas Astúrias, também da Espanha, o Beato José Maria Laguia Puerto, religioso da Ordem dos Pregadores e mártir.