Liturgia diária

Agenda litúrgica

2021-08-04

Quarta-feira da semana XVIII

S. João Maria Vianney, presbítero – MO
Branco – Ofício da memória.
Missa da memória.

L 1 Num 13, 1-2. 25 – 14,1.26-29.34-35;
Sal 105 (106),6-7a.13-14.21-22.23
Ev Mt 15, 21-28

* Na Ordem Franciscana – S. João Maria Vianney, presbítero, da III Ordem – MO

 

Missa

 

Antífona de entrada Sl 69, 2.6
Deus, vinde em meu auxílio, Senhor, socorrei-me e salvai-me.
Sois o meu libertador e o meu refúgio: não tardeis, Senhor.

Oração coleta
Mostrai, Senhor, a vossa imensa bondade
aos filhos que Vos imploram,
e dignai-Vos renovar e conservar os dons da vossa graça
naqueles que se gloriam
de Vos ter por seu criador e sua providência.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus
e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo,
por todos os séculos dos séculos.



LEITURA I (anos ímpares) Num 13, 1-2.25 – 14, 1.26-29.34-35
«Desprezaram a terra de delícias» (Salmo 105, 24)

Antes de o povo entrar na terra Prometida, foi enviado, à sua frente, um grupo de exploradores, para observar o país aonde Deus os conduzia. As notícias não agradaram, e logo começou a murmuração contra Deus e contra Moisés; em consequência, foram consumidos no deserto e nele morreram.

Leitura do Livro dos Números
Naqueles dias, o Senhor disse a Moisés, no deserto de Parã: «Manda alguns homens observar a terra de Canaã, que Eu vou dar aos filhos de Israel. Envia um homem por cada uma das vossas tribos paternas e todos sejam dos principais entre eles». Passados quarenta dias, os homens regressaram, depois de terem observado a terra. Vieram ter com Moisés, Aarão e toda a comunidade dos filhos de Israel, ao deserto de Parã, em Cades. Fizeram-lhes então o seu relato, a eles e a toda a comunidade, e mostraram-lhes os frutos da terra. Eis o que eles contaram: «Entrámos no país ao qual nos enviaste; é de fato uma terra onde corre leite e mel e aqui estão os seus frutos. Mas o povo que o habita é poderoso, as cidades são muito grandes e fortificadas e até lá vimos descendentes de Anac. Os amalecitas ocupam a região do Negueb; os hititas, os jebuseus e os amorreus vivem na serra; e os cananeus habitam junto ao mar e à beira do Jordão». Caleb procurou acalmar o povo, que começava a sublevar-se contra Moisés, e disse: «Subamos e conquistemos aquele país, porque certamente sairemos vencedores». Mas os homens que tinham ido com ele disseram: «Não podemos avançar contra aquele povo, porque é mais forte do que nós». E começaram a dizer mal da terra que tinham ido observar, dizendo aos filhos de Israel: «A terra que fomos observar é um país que devora os seus habitantes e toda a gente que ali vimos são homens de grande estatura. Vimos lá os gigantes __ os filhos de Anac, descendentes de gigantes __. Ao seu lado nós parecíamos gafanhotos e era assim que eles também nos olhavam». Então toda a comunidade de Israel levantou a voz em altos brados e o povo passou aquela noite a chorar. O Senhor falou a Moisés e a Aarão, dizendo: «Até quando esta comunidade perversa continuará a murmurar contra Mim? Eu ouvi as murmurações dos filhos de Isarel contra Mim. Vai dizer-lhes: ‘Por minha vida __ oráculo do Senhor __ Eu vos tratarei segundo as próprias palavras que pronunciastes aos meus ouvidos. Neste deserto cairão os cadáveres de todos vós que fostes recenseados de vinte anos para cima e murmurastes contra Mim. Vós observastes aquela terra durante quarenta dias. A cada dia corresponderá um ano. Pois bem: durante quarenta anos suportareis o peso das vossas faltas e sabereis quanto custa provocar a minha indignação. Fui Eu, o Senhor, que falei. É assim que tratarei esta comunidade perversa, que se amotinou contra Mim. Serão consumidos neste deserto e nele morrerão’».
Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 105 (106), 6-7a.13-14.21-22.23 (R. 4a)
Refrão: Lembrai-Vos de nós, Senhor, por amor do vosso povo. Repete-se
Ou: Aleluia. Repete-se

Pecámos como os nossos pais,
fizemos o mal e praticámos a iniquidade.
Nossos pais na terra do Egito
não entenderam os vossos prodígios. Refrão

Depressa esqueceram os seus feitos grandiosos
e não confiaram nos seus desígnios.
E entregaram-se à orgia no deserto
e tentaram a Deus no descampado. Refrão

Esqueceram a Deus que os salvara,
que realizara prodígios no Egito,
maravilhas na terra de Cam,
feitos gloriosos no Mar Vermelho. Refrão

E pensava já em exterminá-los,
se Moisés, o seu eleito,
não intercedesse junto d’Ele
e aplacasse a sua ira para não os destruir. Refrão


ALELUIA Lc 7, 16
Refrão: Aleluia Repete-se
Apareceu entre nós um grande profeta:
Deus visitou o seu povo. Refrão


EVANGELHO Mt 15, 21-28
«Mulher, é grande a tua fé»

A mãe do jovem doente era pagã. No plano de Deus, a missão histórica de Jesus confinar-se-ia ao seu povo; os pagãos (a quem frequentemente os judeus deram o tratamento de “cães”) seriam objeto da evangelização feita no futuro pelos Apóstolos. Mas a presença de Jesus despertou a fé desta pagã, e a fé da pagã tocou o coração de Jesus, a fé que até é capaz de transpor montanhas!

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo, Jesus retirou-Se para os lados de Tiro e Sidónia. Então, uma mulher cananeia, vinda daqueles arredores, começou a gritar: «Senhor, Filho de David, tem compaixão de mim. Minha filha está cruelmente atormentada por um demónio». Mas Jesus não lhe respondeu uma palavra. Os discípulos aproximaram-se e pediram-Lhe: «Atende-a, porque ela vem a gritar atrás de nós». Jesus respondeu: «Não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel». Mas a mulher veio prostrar-se diante d’Ele, dizendo: «Socorre-me, Senhor». Ele respondeu: «Não é justo que se tome o pão dos filhos para o lançar aos cachorrinhos». Mas ela insistiu: «É verdade, Senhor; mas também os cachorrinhos comem das migalhas que caem da mesa de seus donos». Então Jesus respondeu-lhe: «Mulher, é grande a tua fé. Faça-se como desejas». E, a partir daquele momento, a sua filha ficou curada.
Palavra da salvação.


Oração sobre as oblatas
Santificai, Senhor, estes dons,
que Vos oferecemos como sacrifício espiritual,
e fazei de nós mesmos
uma oblação eterna para vossa glória.
Por Cristo nosso Senhor.

Antífona da comunhão Sb 16, 20
Saciastes o vosso povo com o pão dos anjos,
destes-nos, Senhor, o pão do céu.

Ou: Cf. Jo 6, 35
Eu sou o pão da vida, diz o Senhor.
Quem vem a Mim nunca mais terá fome,
quem crê em Mim nunca mais terá sede.

Oração depois da comunhão
Senhor, que nos renovais com o pão do céu,
protegei-nos sempre com o vosso auxílio,
fortalecei-nos todos os dias da nossa vida
e tornai-nos dignos da redenção eterna.
Por Cristo nosso Senhor.

 

Santo

São João Maria Vianney, presbítero

 

 

Martirológio

Memória de São João Maria Vianney, presbítero, que durante mais de quarenta anos exerceu de modo admirável o seu ministério na paróquia que lhe foi confiada na localidade de Ars, perto de Belley, na França, com a pregação assídua, a oração e o exemplo de penitência. Todos os dias explicava o catecismo aos mais pequenos e aos adultos, reconciliava os penitentes e com a sua ardente caridade, que hauria da sua fonte primordial, a Santíssima Eucaristia, resplandeceu de tal modo que difundiu os seus conselhos ao longe e ao largo e sapientemente conduziu muitos a Deus.

 

2.   Comemoração de Santo Aristarco de Tessalónica, que foi discípulo do Apóstolo São Paulo, fiel companheiro nas suas viagens e também seu companheiro de prisão em Roma.

3.   Em Roma, junto à Via Tiburtina, os santos Justino e Crescenciano, mártires.

4.   Em Társia, na Bitínia, actualmente na Turquia, Santo Eleutério, mártir.

5.   Na antiga Pérsia, Santa Ia, mártir no tempo do rei Sapor II.

6.   Em Tours, na Nêustria, na hodierna França, a comemoração de Santo Eufrónio, bispo, que tomou parte em vários concílios, reconstruiu muitas igrejas na cidade, fundou paróquias em todo o território e promoveu diligentemente a veneração à Santa Cruz.

7*.   Na floresta de Panaia, perto de Catanzaro, na Calábria, região da Itália, Santo Onofre, eremita, insigne pela sua vida de jejuns e austeridade.

8*.   Em Split, na Dalmácia, na actual Croácia, São Rainério, bispo e mártir, que, depois de ter sido monge, por defender os direitos da Igreja suportou numerosos tormentos na sede de Cágli e depois morreu apedrejado em Split.

9*.   Em Bolonha, na Emília-Romanha, região da Itália, a Beata Cecília, virgem, que recebeu o hábito monacal das mãos de São Domingos, de cuja vida e espiritualidade foi fidelíssima testemunha.

10*.   Em Londres, na Inglaterra, o Beato Guilherme Horne, mártir, monge na Cartuxa desta cidade, sempre fiel à observância da Regra, que suportou um longo cativeiro no reinado de Henrique VIII e, submetido finalmente ao suplício no patíbulo de Tyburn, partiu desta vida e tomou lugar à direita de Cristo.

11*.   Em Montréal, no Quebec, província do Canadá, o Beato Frederico Janssoone, presbítero da Ordem dos Frades Menores, que difundiu muito as peregrinações à Terra Santa para progredir na fé.

12*.   Em Madrid, na Espanha, o Beato Gonçalo Gonçalo, religioso da Ordem de São João de Deus e mártir, que, durante a perseguição contra a religião, confirmou com o seu sangue a sua fé em Cristo.

13.   Em Barcelona, também na Espanha, os beatos mártires José Batalla Parramon, presbítero, José Rabasa Bentanachs e Gil Rodício Rodício, religiosos da Sociedade Salesiana, que na mesma perseguição, vencendo o bom combate da fé, alcançaram a vida eterna.

14*.   No campo de concentração de Dachau, perto de Munique, cidade da Baviera, na Alemanha, o Beato Henrique Krzystofik, presbítero e mártir, que, durante a guerra, deportado da Polónia para um cárcere estrangeiro por causa da sua fé cristã, com numerosos suplícios consumou o seu martírio.