Liturgia diária

Agenda litúrgica

2020-08-08

SÁBADO da semana XVIII

S. Domingos, presbítero – MO
Branco – Ofício da memória.
Missa da memória.

L 1 Hab 1, 12 – 2, 4; Sal 9 (10), 8-9. 10-11. 12-13
Ev Mt 17, 14-20

* Na Ordem Franciscana – S. Domingos de Gusmão, presbítero, Fundador da Ordem dos Pregadores – FESTA
* Na Ordem dos Franciscanos Capuchinhos – S. Domingos de Gusmão, presbítero – FESTA
* Na Ordem de São Domingos – S. Domingos, presbítero, Fundador da Ordem dos Pregadores – SOLENIDADE
* I Vésp. do domingo – Compl. dep. I Vésp. dom.

 

Missa

 

Antífona de entrada Sl 69, 2.6
Deus, vinde em meu auxílio, Senhor, socorrei-me e salvai-me.
Sois o meu libertador e o meu refúgio: não tardeis, Senhor.

Oração coleta
Mostrai, Senhor, a vossa imensa bondade
aos filhos que Vos imploram,
e dignai-Vos renovar e conservar os dons da vossa graça
naqueles que se gloriam
de Vos ter por seu criador e sua providência.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus
e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo,
por todos os séculos dos séculos.


LEITURA I (anos pares) Hab 1, 12 – 2, 4
«O justo viverá pela sua fé»

A opressão que os inimigos tinham infligido ao povo de Deus provoca no profeta esta oração cheia de amargura. Os seus inimigos parecem estar sempre triunfantes, como o pescador triunfa dos peixes que apanha na rede ou no anzol. Mas, apesar de tudo, o profeta tem confiança, e o Senhor responde-lhe que, a seu tempo, virá a salvação. O Senhor é fiel: assim o povo viva na fidelidade.

Leitura da Profecia de Habacuc
Não sois Vós, Senhor, desde os tempos antigos, o meu Deus, o meu Santo, o Imortal? Estabelecestes os caldeus, Senhor, para exercerem a justiça e os consolidastes como um rochedo para castigarem. Os vossos olhos são demasiado puros para verem o mal e não podeis contemplar a opressão. Porque olhais então para os malvados, porque ficais em silêncio, quando o ímpio devora o justo? Tratareis os homens como os peixes do mar, ou como os répteis que não têm dono? O inimigo pesca-os a todos no anzol, apanha-os com a rede, recolhe-os com a tarrafa e assim fica alegre e satisfeito. Por isso oferece sacrifícios à sua rede e queima incenso à sua tarrafa, pois fez com elas uma pesca abundante e alcançou alimento com fartura. Continuará ele a utilizar a sua rede, matando os povos impiedosamente? Ficarei no meu posto de sentinela, conservar-me-ei de pé sobre a muralha, estarei alerta para ver o que o Senhor me dirá, como irá responder à minha queixa. Então o Senhor respondeu-me: «Põe por escrito esta visão e grava-a em tábuas com toda a clareza, de modo que a possam ler facilmente. Embora esta visão só se realize na devida altura, ela há de cumprir-se com certeza e não falhará. Se parece demorar, deves esperá-la, porque ela há de vir e não tardará. Vede como sucumbe aquele que não tem alma reta; mas o justo viverá pela sua fidelidade».
Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 9, 8-9.10-11.12-13 (R. 11b)
Refrão: Não abandonais, Senhor,
aqueles que Vos procuram. Repete-se

O Senhor é Rei para sempre,
firmou o seu trono para julgar.
Ele julga a terra com justiça,
governa os povos com retidão. Refrão

O Senhor é o refúgio dos oprimidos,
o seu refúgio nas horas de tribulação.
Em Vós confiam os que conhecem o vosso nome,
porque não abandonais, Senhor,
os que Vos procuram. Refrão

Cantai ao Senhor, que tem em Sião a sua morada,
anunciai entre os povos os seus feitos gloriosos.
O Senhor lembra-Se do sangue derramado
e não esquece o clamor dos infelizes. Refrão


ALELUIA cf. 2 Tim 1, 10
Refrão: Aleluia Repete-se
Jesus Cristo, nosso Salvador, destruiu a morte
e fez brilhar a vida por meio do Evangelho. Refrão


EVANGELHO Mt 17, 14-20
«Se tiverdes fé, nada vos será impossível»

Ter fé é apoiar-se em Deus, na sua bondade e no seu poder, entregar-se a Ele como um filho se confia ao pai. A fé estabelece uma tal comunhão com Deus, que o crente como que participa do próprio poder de Deus. A fé ultrapassa os limites humanos e leva o homem ao coração de Deus. E, por ela, tudo se lhe tornará possível. A fé manifesta-se particularmente na oração.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo, aproximou-se de Jesus um homem, que se ajoelhou diante d’Ele e Lhe disse: «Senhor, tem compaixão do meu filho, porque é epiléptico e sofre muito; cai frequentemente no fogo e muitas vezes na água. Apresentei-o aos teus discípulos, mas eles não puderam curá-lo». Jesus respondeu: «Oh geração incrédula e perversa! Até quando estarei convosco? Até quando terei de vos suportar? Trazei-mo aqui». Jesus ameaçou o demónio, que saiu do menino e este ficou curado a partir daquele momento. Então os discípulos aproximaram-se de Jesus e perguntaram-Lhe em particular: «Por que motivo não pudemos nós expulsá-lo?». Jesus respondeu-lhes: «Por causa da vossa pouca fé. Em verdade vos digo: se tiverdes fé comparável a um grão de mostarda, direis a este monte: ‘Muda-te daqui para acolá’, e ele há de mudar-se. E nada vos será impossível».
Palavra da salvação.


Oração sobre as oblatas
Santificai, Senhor, estes dons,
que Vos oferecemos como sacrifício espiritual,
e fazei de nós mesmos
uma oblação eterna para vossa glória.
Por Cristo nosso Senhor.

Antífona da comunhão Sb 16, 20
Saciastes o vosso povo com o pão dos anjos,
destes-nos, Senhor, o pão do céu.

Ou: Cf. Jo 6, 35
Eu sou o pão da vida, diz o Senhor.
Quem vem a Mim nunca mais terá fome,
quem crê em Mim nunca mais terá sede.

Oração depois da comunhão
Senhor, que nos renovais com o pão do céu,
protegei-nos sempre com o vosso auxílio,
fortalecei-nos todos os dias da nossa vida
e tornai-nos dignos da redenção eterna.
Por Cristo nosso Senhor.

 

Santo

São Domingos, presbítero

 

 

Martirológio

Memória de São Domingos de Gusmão, presbítero, cónego de Osma, cidade da província de Sória, na Espanha, que humildemente se dedicou ao ministério da pregação nas regiões perturbadas pela heresia dos Albigenses e viveu voluntariamente nas privações da pobreza, falando sempre com Deus ou de Deus. Desejoso de encontrar uma nova forma de propagar a fé, fundou a Ordem dos Pregadores, para renovar na Igreja a forma de vida apostólica, mandando aos seus irmãos que se dedicassem ao serviço do próximo com a oração, o estudo e o ministério da palavra. Morreu em Bolonha, cidade da Itália, no dia seis de Agosto.

 

2.   Em Albano, na Via Ápia, a quinze milhas da cidade de Roma, os santos Segundo, Carpóforo, Vitorino e Severiano, mártires.

3.   Em Roma, na milha sétima da Via Ostiense, os santos Ciríaco, Largo, Crescenciano, Mémia, Juliana e Esmeraldo, mártires.

4.   Em Tarso, na Cilícia, na actual Turquia, a paixão de São Marinho, ancião de Anazarbo, que, no tempo do imperador Diocleciano e do governador Lísias, foi degolado, e o seu corpo, por ordem do prefeito, lançado ao pasto das feras.

5.   Em Milão, na Ligúria, hoje na Lombardia, região da Itália, Santo Eusébio, bispo, que trabalhou assiduamente para manter a verdadeira fé e reconstruiu a igreja catedral destruída pelos Hunos.

6.   Em Vienne, na Gália Lionense, hoje na França, São Severo, presbítero.

7*.   Em Bordéus, na Aquitânia, também na actual França, São Múmulo, abade de Fleury.

8.   Em Cízico, no Helesponto, na actual Turquia, Santo Emiliano, bispo, que por defender o culto das sagradas imagens suportou muitos tormentos da parte do imperador Leão e morreu no exílio.

9*.   No mosteiro de Götweig, na Áustria, Santo Altmano, bispo de Passau, que fundou numerosas comunidades de clérigos com a regra de Santo Agostinho, restaurou a disciplina do clero e por defender a liberdade da Igreja morreu no exílio, expulso da sua sede pelo imperador Henrique IV.

10*.   Em Gallese, próximo de Viterbo, na Toscana, hoje no Lácio, região da Itália, São Famião, eremita, natural de Colónia, que distribuiu os seus bens pelos pobres e, depois de várias peregrinações, morreu neste lugar com o hábito cisterciense.

11*.   Em Londres, na Inglaterra, o Beato João Felton, mártir, que, por ter afixado publicamente a bula de excomunhão proclamada pelo papa São Pio V contra a rainha Isabel I, foi cruelmente esquartejado junto à catedral de São Paulo e, invocando o nome de Jesus, consumou gloriosamente o seu martírio.

12*.   Em York, também na Inglaterra, o Beato João Fingley, presbítero e mártir, que, no mesmo reinado de Isabel I, foi condenado à morte e enforcado por ser sacerdote. Com ele comemora-se também o Beato Roberto Bidkendike, mártir, que, no mesmo tempo mas em dia e ano incertos, padeceu os mesmos tormentos por se ter reconciliado com a Igreja católica.

13.   Em Xixiaodun, perto de Xinhexian, no Hebei, província da China, São Paulo Ke Tingzhu, mártir, que, sendo dirigente de uma aldeia de cristãos, durante a perseguição desencadeada pelos sequazes da seita dos “Yihetuan”, foi esquartejado, membro após membro, dando aos outros cristãos um luminoso exemplo de constância na profissão da fé.

14*.   Em Zamora, na Espanha, Santa Bonifácia Rodríguez de Castro, virgem, que, ardentemente empenhada na promoção cristã e social das mulheres através da oração e do trabalho, fundou a Congregação das Servas de São José, segundo o modelo da Sagrada Família de Nazaré.

15*.   Em Sydney, na Austrália, Santa Maria da Cruz (Maria Helena MacKillop), virgem, que fundou a Congregação das Irmãs de São José e do Sagrado Coração e a dirigiu entre muitas tribulações e adversidades.

16*.   Em Póggio a Caiano, na Etrúria, hoje na Toscana, região da Itália, a Beata Maria Margarida (Maria Ana Rosa Caiáni), virgem, que fundou o Instituto Franciscano das Irmãs Mínimas do Sagrado Coração, para a instrução da juventude e a assistência aos enfermos.

17*.   No lugar chamado El Saler, perto de Valência, na Espanha, o Beato António Silvestre Moya, presbítero e mártir, que, durante a perseguição contra a fé, pelo seu inquebrantável testemunho de Cristo alcançou vitoriosamente o reino celeste.

18*.   Em Valência, também na Espanha, as beatas Maria do Menino Jesus (María Josefa Antonia Baldillou y Bullit) e companheiras[1], virgens do Instituto das Filhas de Maria das Escolas Pias e mártires, que, na mesma perseguição, depois de sofrer a violência dos inimigos da Igreja, foram gloriosamente ao encontro de Cristo, seu Esposo.

 


[1]  São estes os seus nomes: Apresentação da Sagrada Família (Pascoalina Gallén y Marti), Maria Luísa de Jesus (Maria Luísa Giron y Romera), Carmela de São Filipe Néri (Nazária Gómez y Lezaun) e Clemência de São João Baptista (Antónia Riba y Mestres).

 

19♦.   Em San Andréu de Palomar, na Catalunha, também na Espanha, o Beato Antero Mateo Garcia, pai de família e mártir, que, sendo pai de família, durante a mesma perseguição foi recebido na glória do Senhor.

20♦.   Em Villat de Olalla, localidade da província de Cuenca, também na Espanha, os beatos e mártires Cruz Laplana y Laguna, bispo de Cuenca e Fernando Español Berdié, presbítero da mesma diocese, que, na mesma perseguição, mereceu receber a sublime palma do martírio.

21♦.   Em Traverseras, na Catalunha, também na Espanha, os beatos Dionísio Luís (Mateus Molinos Coloma) e Leonardo José (José Maria Aragonês Mateu), religiosos, religioso da Congregação dos Irmãos das Escolas Cristãs e mártires na mesma perseguição contra a fé cristã.

22♦.   Em Fuente el Fresno, perto de Ciudad Real, também na Espanha, o Beato Filipe José (Pedro João Álvarez Pérez), da Congregação dos Irmãos das Escolas Cristãs e mártires, que consumou egregiamente o seu combate por Cristo.

23♦.   Em Vallirana, localidade da província de Barcelona, também Espanha, as beatas Maria do Carmo Zaragoza Zaragoza e Maria Rosa Adrover Marti (Antónia Adrover Marti), virgens da Congregação das Dominicanas de Santa Catarina de Sena e mártires, que, na mesma perseguição, combatendo pela fé em Cristo Esposo, alcançaram a recompensa eterna.

24♦.   Em Madrid, também na Espanha, o Beato Nicolau de la Torre Merino, religioso da Sociedade Salesiana e mártir.

25*.   Em Gusen, localidade da Alemanha, o Beato Vladimiro Laskowski, presbítero e mártir, que, em tempo da guerra, foi deportado por causa da sua fé para este campo de concentração e, atrozmente torturado, alcançou a glória do martírio.