Martirológio Romano

Jun 20, 2019

Beatas Sancha e Mafalda, virgens, e Teresa, religiosa, filhas de Dom Sancho I, rei de Portugal, que desde a infância foram modelo de virtudes. Sancha começou a levar vida monacal em Alenquer, consagrando-se generosamente ao serviço de Deus, e depois retirou-se para o mosteiro cisterciense de Celas, junto de Coimbra, onde morreu santamente no dia treze de Março. Mafalda, após uma piedosa juventude, renunciando ao matrimónio que lhe foi proposto com o rei de Castela, tomou o hábito cisterciense no mosteiro de Arouca, do distrito de Aveiro, onde deu exemplo de vida perfeita, e aí morreu no dia 1 de Maio. Teresa, apesar da sua aspiração à vida claustral, foi dada em casamento ao rei de Leão; mas, reconhecida a nulidade do matrimónio, retirou-se para o mosteiro de Lorvão, do distrito de Coimbra, onde tomou o hábito cisterciense e santamente morreu no dia 17 de Junho.

 

(† c. 1229; 1256; 1250)

2.   Comemoração de São Metódio, bispo de Olimpo e mártir, que escreveu livros de exposição clara e harmoniosa e no final da perseguição do imperador Diocleciano foi coroado com o martírio.

(† c. 312)

3.   No território de Laon, na Nêustria, actualmente na França, São Gobano, presbítero, que, natural da Irlanda, foi discípulo de São Fusco na Inglaterra e, por amor de Cristo, partiu para a Gália, onde levou vida eremítica na floresta.

(† c. 670)

4*.   No mosteiro de São Tiago de Fóggia, na Apúlia, região da Itália, São João de Matera, abade, que foi insigne pela sua austeridade e pela sua pregação ao povo e, na região de Gárgano, fundou a Congregação de Pulsano sob a observância da regra de São Bento.

(† 1139)

5*.   No mosteiro de Medingen, na Baviera, região da Alemanha, a Beata Margarida Ebner, virgem da Ordem dos Pregadores, que, sofrendo por Cristo muitas tribulações, teve uma vida santa, admirável aos olhos de todos e agradável a Deus e escreveu várias obras sobre a experiência mística.

(† 1351)

6*.   Em Dublin, na Irlanda, a paixão do Beato Dermício O’Hurley, bispo e mártir, jurista leigo, que, por vontade do papa Gregório XIII, foi nomeado bispo de Cashel. Durante o reinado de Isabel I, depois de sofrer interrogatórios e torturas durante vários meses, negando firmemente todas as calúnias, finalmente, diante do patíbulo levantado para ele em Hoggen Green, declarou publicamente que morria por causa da fé católica e pelo ministério episcopal.

(† 1584)

7*.   Também em Dublin, a comemoração da Beata Margarida Ball, mártir, que, já viúva, por acolher em sua casa vários sacerdotes perseguidos, por denúncia de um dos filhos foi presa e, depois de vários géneros de torturas no cárcere, morreu septuagenária em dia incerto.

(† 1584)

8*.   Em Nagasáki, no Japão, os beatos mártires Francisco Pacheco, presbítero, e oito companheiros[1], da Companhia de Jesus, que foram queimados vivos em ódio à fé cristã.

 


[1]  São estes os seus nomes: Baltasar de Torres e João Baptista Zola, presbíteros; Pedro Rinsei, Vicente Kaun, João Kisáku, Paulo Kinzuke, Miguel Roso e Gaspar Sadamátsu, religiosos.

 

(† 1626)

9*.   Em Londres, na Inglaterra, os beatos mártires Tomás Whitbread e companheiros Guilherme Harcourt, João Fenwich, João Gavan e António Turner, presbíteros da Companhia de Jesus, que, acusados falsamente de tomar parte numa conjura para assassinar o rei Carlos II, sofreram na praça de Tyburn o martírio pelo reino dos Céus.

(† 1679)