Dicionário elementar de liturgia

José Aldazábal

 

anáfora

 

Palavra grega que advém de ana-fero (elevar). O que elevamos a Deus é o louvor ou o sacrifício.
É o nome que recebe, nas liturgias orientais, o que agora chamamos Oração Eucarística, e que, em latim, foi recebendo diversas denominações: prex eucharistica, prex, contestatio, illatio, cânon, cânon actionis. Anáfora é o nome que, por exemplo, a carta que o Consilium escreveu em 1968, por ocasião das novas Orações Eucarísticas (cf. EDREL 2609-2627) e agora o Catecismo (CIC 1352) dá a esta oração. É a oração central da Eucaristia, que o presidente dirige a Deus em nome da comunidade, louvando o Pai, oferecendo o sacrifício de Cristo e invocando o Espírito Santo para que torne eficaz também hoje a presença e a doação de Cristo aos seus.
A Oração Eucarística na liturgia romana foi única, embora com Prefácios variados, até que, em 1968, se admitiram oficialmente outras novas. Pelo contrário, nas liturgias orientais sempre houve várias anáforas: baste recordar as de ¬Serapião, S. Basílio, S. João Crisósto¬-
mo, S. Marcos, a dos Doze Apóstolos, etc. De umas para as outras, segundo as famílias litúrgicas a que pertençam e, sobretudo, comparadas com as oci¬dentais, há diferenças de linguagem e de estrutura.
A anáfora disse-se, durante os últimos séculos, em voz baixa, por parte do sacerdote, na liturgia romana. Desde 1967, proclama-se nas línguas vernáculas e em voz alta, com o tom solene e até lírico próprio desta oração, que representa o ponto central da acção eucarística.

-->Oração Eucarística.