Dicionário elementar de liturgia

José Aldazábal

 

alva

 

Do latim, alba (branca). É a veste que se considera básica para todos os ministros na celebração litúrgica, desde os acólitos até ao presidente (cf. IGMR 336).
Deriva das túnicas antigas, brancas, até aos pés, que se perderam no uso civil, mas que se considerou que podiam utilizar-se simbolicamente no culto, expressando com a veste diferente dos ministros, a diferença entre a vida profana e a celebração. Em todas as culturas religiosas, para o exercício do culto quer-se simbolizar a pureza dos ministros, e, em muitas delas, precisamente com a cor branca. O branco é sinal também de vitória e de ressurreição (cf. Ap 3,4-5).
A alva utiliza-se com cíngulo à cintura, a não ser que fique por si mes¬ma já bem ajustada ao corpo, e com o amito que tapa o pescoço, a não ser que já o faça a alva pela sua forma (cf. IGMR 119 e 336).
Esta veste branca também tem um sentido baptismal. O segundo domingo da Páscoa, ou seja, na oitava da Ressurreição, costumava-se depor a «alva», a veste branca que os neófitos tinham recebido no seu Baptismo, na Vigília Pascal, como símbolo do seu re-nascimento em Cristo. Por isso, esse domingo se chamou «Dominica post albas», e mais tarde «Dominica in albis», entende-se «in albis pepositis», depostas já as vestes brancas, enquanto que, no sábado anterior, era sábado «in albis deponendis», das vestes «por depor».

--> Cor. Vestes.